Vinícolas no Vale dos Vinhedos: quantas e quais visitar?
Com dezenas de vinícolas no Vale dos Vinhedos – só na Associação dos Produtores de Vinhos Finos do Vale dos Vinhedos são 26 produtores associados – e quase todas oferecendo visitas guiadas, o turista pode ficar perdido sobre quais visitar, se vale a pena fazer os passeios em mais de um produtor e como montar seu roteiro. Na nossa viagem tentei entender um pouco esses dilemas e fiz passeios diferentes na mesma vinícola para compará-los e te judar a decidir sua programação no Vale sem estresse.
Vinícolas: quantas visitar?
A minha resposta é simples: visite algumas, não ouse tentar visitar todas e não liguepara listas “tem que ir”. A menos que você vá passar um mês ou algo assim, nem tente cumprir um roteiro conhecendo todas as casas. E não vale a pena “tickar” uma lista das mais importantes. Simplesmente porque os critérios dessas listas que você encontra na internet são mais que subjetivas. Afinal, uma pessoa pode achar mais importante conhecer a vinícola mais antiga, outra a maior, e outra pessoa as mais tradicionais, as tocadas apenas por membros familiares ou ainda as menores.
A verdade é que a região é linda e as vinícolas são uma ao lado da outra. Você pode passar um dia inteiro entrando de vinícola em vinícola e percorrer apenas um trecho pequeno de estrada. Mas, no final, a experiência gostosa de conhecer uma vinícola gira muito mais ao redor da atmosfera de um programa feito com calma do que de uma maratona de casa em casa.
Então, a minha indicação é que você selecione poucas vinícolas para visitar, e tente conhecer essas poucas melhor. Até porque não tem muito jeito: os passeios tendem a ser muito parecidos, mesmo em produtores com uma história antiga. Então, depois que você já fez uma, duas visitas a vinícolas em qualquer lugar do mundo – ressaltando que estou falando dos passeios básicos normalmente oferecidos -, não tem mesmo muita novidade. O diferencial costuma ficar, claro, pelos vinhos degustados, e naqueles momentos em que você realmente conversa com quem está te atendendo. Em geral é assim que você fica sabendo dos fatos que vai se lembrar ainda muito tempo depois, aprende o que você tem mais curiosidade e consegue conhecer melhor o espírito da vinícola. Então, se você estiver disponível, conseguirá explorar a sede, conversar com os responsáveis e aprender muito mais do que nas apresentações prontas que tenham para te oferecer. Além, é claro, de poder degustar os vinhos da casa com calma.
Como estou defendendo aqui, cada um vai achar o ritmo e número ideal para seu passeio, mas como sugestão, do que fizemos e gostamos, para uma viagem de 3 dias e 3 noites, indico conhecer 3 vinícolas apenas ou, uma média de apenas 1 vinícola por dia.
Quais vinícolas escolher?
No site da Aprovale você encontra uma lista das vinícolas associadas, com uma breve descrição de sua história e filosofia e também das facilidades que cada uma oferece ao turista – consulte aqui. Abaixo, você vê o mapa do Vale e pode localizar as casas. Com essas infos em mão, é só decidir seus critérios e montar seu roteiro.
Para te ajudar, trago algumas idéias.
- Proximidade com seu hotel
Localização é sempre um fator que conta pontos. Como estávamos hospedados em um hotel delicioso e com uma super vista, decidimos conhecer apenas casas próximas, por exemplo. Isso também é ótimo para que possamos aproveitar a degustação de vinhos sem ter que se preocupar em dirigir depois.
- Programas diferentes oferecidos
Nem todo mundo quer entender mais sobre a produção de vinhos o tempo todo. Às vezes a gente só quer aproveitar a companhia e relaxar com um bom vinho. Então você pode consultar vinícolas que ofereçam passeios diferentes e assim conhecer essas casas de outra forma, sem tour. A Miolo, por exemplo, oferece um Wine Garden aos sábados, domingos e feriados e a Cristofoli e a Laurentis organizam picnics nos parreirais.
- Estilos diversos
Para uma primeira viagem, em que apenas teremos uma idéia do lugar, acho interessante visitar vinícolas com história e filosofias bem diferentes. Então pense em mesclar uma vinícola grande com um empreendimento do tipo boutique, uma mais antiga e outra das mais novas, uma que você reconheça bem o nome e outra da qual nunca tenha ouvido falar ou, ainda, uma vinícola da Via Trento e outra da Estrada do Vinho, por exemplo.
Nossas indicações
Nós visitamos duas vinícolas e o que nos levou a escolhê-las foi a localização logo em frente ao nosso hotel e as diferenças entre elas, já que uma é das mais famosas e grande produtora e a outra é no estilo boutique. Fizemos a visita guiada na Vinícola Lídio Carraro e também fizemos o mesmo passeio na Miolo. Nesta última voltamos para outros dois programas, o Wine Garden e MiniCurso de Degustação, assim pudemos comparar os programas. Contei neste post como foi nossa visita à vinícola Miolo e neste outro post aqui compartilho nossa descoberta da Lídio Carraro.
Leia também:
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